Caciopar debate temas que ajudam a entender melhor a região e as pessoas
segunda, 27 de junho de 2022
CACIOPAR
Três temas importantes, e de certa forma conectados, foram debatidos pela Caciopar durante sua reunião empresarial em Jesuítas, no último sábado. Cerca de cem pessoas participaram do encontro e puderam ter acesso a informações importantes, que dizem muito sobre o processo de colonização da região e também sobre as pessoas e as corporações, de acordo com o presidente Flavio Gotardo Furlan, que ao lado do presidente da Ace anfitriã, Claudio Roberto Carraro, deu boas-vindas aos presentes.
O professor-doutor Ricardo Rippel falou sobre o processo de ocupação e colonização da região. Ela foi a última do Extremo Sertão Oeste a ser habitada e hoje é a de maior densidade demográfica dessa faixa que se estende por alguns estados. “Estamos totalmente inseridos em uma faixa de fronteira e há ferramentas especiais disponíveis para o desenvolvimento de áreas assim, que precisamos empregar melhor”, observou o professor.
Embora considerassem a região como pouco conhecida há mais de um século, ela estava no centro de rotas importantes, do caminho indígena do Peabiru e de outra que conectava o Brasil com países vizinhos. A partir de 1900, com a Fazenda Britânia, tem início o processo de colonização e a Maripá, de forma ordenada, foi a primeira a trabalhar nisso. Com apenas 7.645 habitantes em 1940, a região era tida como abandonada e então o governo estimulou o que chamou de rota para o Oeste.
O professor Rippel citou a malha viária, um antigo projeto ferroviário, a migração, o êxodo e a importância que Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo assumiram no crescimento dos indicadores regionais. De apenas 7,6 mil habitantes para mais de 1,3 milhão, o Oeste deu saltos incríveis que fazem dessa porção de território um case fascinante, segundo o professor, que analisou também inúmeros indicadores que mostram a força e a pujança da região, hoje uma das mais prósperas do País.
Pessoas melhores
O sociólogo, professor e secretário-executivo Amir Kanitz apresentou o Instituto Pessoas Melhores, criado há alguns anos em Toledo, aos presentes. O instituto é uma organização sem fins lucrativos e de caráter suprapartidário, que envolve esforços coordenados na indução de boas práticas de relacionamento entre sociedade civil e gestão pública, apontando para soluções ajustadas à comunidade local.
“Demora-se 30 anos para mudar uma cultura que pense de forma institucional capacitando pessoas para agendas de longo prazo somando forças para enfrentar problemas públicos locais”, segundo Amir. Ele citou os três pilares do Instituto: gestão pública qualificada, políticas públicas eficientes e sociedade funcional. Os problemas não estão apenas no setor público, porque quando se percebe que um trabalhador brasileiro demora uma hora para fazer o mesmo que um norte-americano em 15 minutos, vê-se que o desafio para o crescimento está em todos os lugares.
Crimes digitais
O avanço das tecnologias cria um paradoxo: ao mesmo tempo em que agiliza soluções e melhora a comodidade e o acesso aos mais diferentes produtos e serviços também coloca as pessoas à mercê dos cybers criminosos. Foi disso que falaram Rivelino Skura, diretor da Micro 02 da Caciopar, e Thiago Camargo de Freitas, da Polícia Militar do Paraná, especialista em Segurança Pública, Investigação criminal e Perícia forense.
Thiago citou os crimes e fraudes digitais mais comuns e alertou que as pessoas e empresas precisam se proteger deles. Desconfiar quando algo parece errado ou suspeito, ou quando a proposta parece ser boa demais, é um aliado importante para evitar dores de cabeça e prejuízos. A cada oito segundos há uma tentativa de fraude no Brasil. As perdas anuais no País já chegam a R$ 3,6 bilhões. O encontro em Jesuítas também abriu espaço à apresentação de parceiros, a convites a eventos e terminou em almoço com os presentes prestigiando a inauguração do Centro de Convenções de Jesuítas.
Crédito: Assessoria
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