A fascinante história das abelhas e o que ensinam sobre associativismo
segunda, 07 de abril de 2025
ACIC
O mel é um dos alimentos citados na Bíblia e considerado por muitos um presente de Deus aos homens. Celso disse que passou a estudar, se encantou e agora tem por missão proteger as abelhas, donas de um regime de sociedade e trabalho pautado na cooperação. Ele falou do processo de chegada de espécies ao Brasil, como da Europeia, trazida por italianos, e da Africana, por JK. Com a cruza das duas, surgiu a Apis Africanizada. “Sem abelhas, e o trabalho belíssimo e necessário que elas fazem, o alimento no mundo acabaria em quatro anos. A atuação da abelha, a partir da polinização, é insubstituível”, disse Celso.
Uma colher de mel
Quem aprecia e é acostumado a consumir mel ignora o esforço das abelhas em sua tarefa produtiva. Para produzir uma colher de mel, é necessário que a abelha visite mil flores. Grande parte do trabalho, de forma orquestrada, é realizado pelas operárias sob o comando da rainha. As operárias vivem, em média, 45 dias, enquanto a rainha chega a viver por quatro anos. Em média, a rainha coloca 50 ovos por dia.
O pólen é o alimento e o mel o energético das abelhas. A rainha, por sua vez, consome a geleia real. O zangão é outro integrante da colmeia, mas sua função é, em uma batalha que se assemelha à fecundação do óvulo, feculdar a princesa que, acompanhada de parte das operárias, busca uma nova colmeia e então se torna rainha. São cerca de 300 os tipos de abelhas que produzem mel e todos têm sabor único.
O apicultor Otávio Soares disse, durante a palestra aos colaboradores da Acic, que a abelha o salvou. “Tive duras perdas familiares e, por sugestão de um parente, passei a criar abelhas e me encantei com a atividade”, afirma ele, que atualmente conta com mais de 80 colmeias e mais de 90 espécies de flores em sua propriedade. A produção vai além do mel, entre eles estão própolis, geleia real e derivados como o hidromel, a bebida dos vikings. Há estudos que dizem que o mel é conhecido e consumido há mais de três mil anos.
Associativismo
Texto: Cristiane Kiihnel, analista de qualidade da Acic
A abelha, com sua organização impressionante e sua busca constante por colaboração, é um exemplo claro de como o associativismo pode gerar resultados positivos para toda uma comunidade. No mundo das abelhas, cada indivíduo desempenha um papel específico dentro da colmeia, e sua cooperação mútua é essencial para a sobrevivência do grupo.
O trabalho em equipe das abelhas, seja para buscar alimento, cuidar das larvas ou defender a colmeia, é um reflexo perfeito de como o associativismo, no contexto humano, pode criar redes de apoio e fortalecer os laços dentro de uma comunidade.
Ao unir forças e agir de maneira coordenada, os indivíduos podem alcançar objetivos comuns e superar desafios, assim como as abelhas fazem para garantir a saúde e o bem-estar de sua colmeia. O associativismo, assim como a natureza das abelhas, nos ensina que a colaboração é fundamental para o sucesso coletivo.
Crédito: Assessoria
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