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Araupel

sexta, 05 de setembro de 2014

Araupel comprova titularidade com Decreto Imperial de área de 1889

Vários documentos comprovam legalidade de fazenda que sofreu recentemente quarta invasão por membros do MST; eles ocupam novamente área produtiva e ferem princípio constitucional

No Brasil de tantos escândalos e de tantos desrespeitos à Constituição, documentos ainda falam muito mais do que palavras, mesmo aquelas proferidas inadvertidamente por políticos mal-intencionados. O sócio-proprietário da Araupel, Tarso Giacomet, e outros líderes da região de Quedas do Iguaçu, participaram na noite de quinta-feira de encontro empresarial da Acic para, de forma definitiva, acabar com qualquer mal-entendido sobre a titularidade das áreas Rio das Cobras e Pinhal Ralo, de propriedade legal da empresa desde o ano de 1972.
Giacomet participou da reunião munido de um dossiê com centenas de páginas. Devido ao tempo de exposição ser limitado, o empresário mostrou e entregou cópias de alguns documentos que considera os mais importantes e relevantes. O primeiro data de 1889, decreto imperial que tornava privada a área em questão. A propriedade passou à Giacomet Indústria e Comércio de Produtos Agropecuários em 1972. “Não há qualquer controvérsia em ser de propriedade da Araupel. Temos fatos e documentos”, ressaltou Tarso Giacomet.
A ratificação do imóvel, à Giacomet, ocorreu em 1974. “E essa área sempre foi produtiva”, afirmou o sócio-proprietário, que apresentou também a cronologia de quatro invasões orquestrada por membros do MST, o Movimento Sem-Terra. A primeira invasão ocorreu na metade da década de 1990, na região de Rio Bonito do Iguaçu. Os primeiros decretos de desapropriação são de 1997 e 1998. São 51 mil hectares da propriedade original da empresa, hoje conhecida por Araupel, que estão com famílias ligadas ao MST. Com mais de 3,5 mil famílias assentadas, ali foi criado o maior assentamento sem-terra do mundo. As terras até hoje não foram pagas pelo Incra e governo federal.

Desrespeito
Há cerca de dois meses, a propriedade foi novamente ocupada por sem-terra. As famílias de invasores estão em uma área de 206 hectares, justamente em um ponto em que as árvores estão prontas para corte, afirmou Tarso. O maior receio é que, mesmo com o mandado de reintegração de posse já expedido pela Justiça, a ação do movimento afete a produção da indústria, que então será obrigada a deixar Quedas do Iguaçu, desempregando cerca de duas mil pessoas, observa o presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade, Reni Fernande.
Em breve, o Grupo Araupel vai inaugurar fábrica em Guarapuava, resultado de investimento de R$ 130 milhões e que dará ocupação a 400 pessoas. Diversos outros investimentos estavam previstos para Quedas, inclusive uma indústria de MDF, que ampliaria a oferta de emprego no município e microrregião para três mil, mas que foram suspensos devido à ação do MST. Conforme Giacomet, o Movimento Sem-Terra faz nos assentamentos do Sudoeste um verdadeiro balcão de negócios. “As famílias são usadas como massa de manobra enquanto os líderes desfilam em caminhonetes de luxo”. O presidente da Acic, José Torres Sobrinho, afirma que a insegurança jurídica inibe inúmeros investimentos, fundamentais para o Brasil crescer.

Legalistas
O presidente do Sinduscon/Oeste, Edson de Vasconcelos, afirma que o MST rasga a Constituição ao invadir terras produtivas. “É por isso que esse movimento não inspira empatia entre a população e a sociedade organizada”. Mas chegou a hora, afirma ele, de o governo valorizar as pessoas de bem, que trabalham, produzem e geram impostos. “Somos legalistas e é fundamental que a Justiça e o Estado respeitem o que é legal”, afirma. Por sua vez, João Alberto Andrade, presidente do Sindmadeira, lembrou que tinha orgulho em passar na frente da Fazenda Mitacoré, em São Miguel do Iguaçu, que era modelo internacional de produtividade e de tecnologia. “Hoje, nas mãos dos sem-terra, virou símbolo de vergonha”.
O diretor de Comunicação Social da Caciopar, Caio Gottlieb, afirmou que a coordenadoria é solidária à Araupel e a todo empresário ou setor produtivo que tenha os seus direitos afrontados. “O MST se orgulha de afirma que o movimento já tomou 14 milhões de hectares do latifúndio, mas o mais importante seria ele comprovar o resultado prático de suas produções nessas áreas”. O agropecuarista João Cunha Júnior, presidente da Sociedade Rural do Oeste, identifica táticas de guerrilha nas invasões do MST. “Quem tem que comprovar titularidade é a Justiça. Agricultor e empresário têm que trabalhar e ter seus direitos resguardados. Toda invasão e desrespeito às leis e à Constituição precisam ser vorazmente combatidos, porque do contrário a situação fugirá seriamente do controle”, alertou. No início dos trabalhos, um vídeo apresentou a invasão do MST e marcha organizada pelo grupo no qual seus membros exaltam Cuba e o socialismo.







Fonte: Crédito: Fábio Conterno

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