Conselhos reúnem entidades e são instrumentos ao desenvolvimento
terça, 04 de outubro de 2022
Caciopar
Comunidades do Oeste têm nos conselhos de desenvolvimento um importante instrumento de reflexões e de crescimento uniforme. De maneira inédita, a Caciopar reuniu os principais conselhos da região para, além de trocar experiências, inspirar outros municípios a criar ferramentas semelhantes. A apresentação do tema aconteceu na última reunião da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná na Câmara de Vereadores de Guaíra.
“Essa soma de informações mostra o quanto os conselhos são úteis para uma comunidade. Ao agregar as mais diferentes forças organizadas eles dão ainda mais pluralidade e assertividade aos projetos de um município”, observa o presidente da Caciopar, Flavio Gotardo Furlan. Alguns conselhos estão começando a sua caminhada, a exemplo do de Guaíra, mas outros, como os de Foz do Iguaçu e Cascavel, com mais de dez anos de atuação já somam conquistas expressivas.
O Conselho de Desenvolvimento de Guaíra tem apenas alguns meses de existência e resulta de uma parceria do setor público com a iniciativa privada. Ghassan Saifeddine Filho falou em nome do Prodesg e das etapas para a formalização do órgão. “Contamos com a participação de forças relevantes de nossa comunidade que, conjuntamente, debatem e traçam estratégias para materializar projetos de interesse coletivo”. Algumas áreas consideradas fundamentais são logística, infraestrutura e mobilidade urbana. O órgão trabalha também com apoio ao setor produtivo e à implantação de uma zona franca no município, segundo Ghassan.
O executivo do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu), Dimas Bragagnolo disse que o papel do órgão é formular e executar políticas de desenvolvimento econômico, atuando sempre nos termos da lei. Na plenária, o Codefoz tem 37 cadeiras, além de câmaras técnicas, mesa diretora, diretoria executiva e conselho consultivo. “Quanto mais amplitude de entidades, melhor”, observou Dimas. Um aspecto que precisa ser atentamente cuidado, disse o executivo, é quanto à sustentabilidade para garantir autonomia para bem trabalhar.
A meta do Codefoz é chegar ao ano de 2040 como o principal instrumento para pensar e ajudar na viabilização dos principais desafios e superação de gargalos de Foz do Iguaçu. “O Conselho surgiu, entre outros, como um contraponto à falta de continuidade das políticas públicas. Com a eleição de um e depois de outro prefeito, por exemplo, de grupos diferentes, dificilmente projetos, inclusive os bons, têm continuidade. E isso é ruim para o desenvolvimento de médio e longo prazo do município”, alertou Dimas.
O Conselho é consequência também da baixa participação da comunidade em temas de grande interesse coletivo, ajuda a clarear estratégias de desenvolvimento local, mapeia cadeias propulsivas e conduz o município a decisões compartilhadas a partir de consultas democráticas a vários setores. Trinta e dois projetos contaram com a participação do Codefoz em dez anos e são várias as conquistas. Atualmente, ele conta com mais de cem entidades e mais de 150 voluntários. “E somos modelo a outros municípios, inclusive ao Paraguai e Argentina”, segundo Dimas
De olho em 2050
Planejar a Cascavel do futuro é o maior compromisso do Codesc, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel, que também chega a uma década de atividades. “Nosso alvo é trabalhar a cidade que queremos para 2050”, informa o presidente Alci Rotta Júnior. Mais de 60 entidades participam dos mais diferentes debates para desenhar e projetar a Cascavel dos seus cem anos de emancipação político-administrativa. Atualmente, o Codesc conta com seis câmaras técnicas, de áreas estratégicas, e cada uma delas tem a fotografia de futuro do seu segmento. Recentemente, o Conselho passou a debater o macrozoneamento para os próximos 30 anos.
Constituído em 2017, o Conselho de Desenvolvimento Socioeconômico de Medianeira se espelha em cidades nas quais esse tipo de organização comunitária dá certo. Um dos exemplos citados foi a norte-americana Austin, onde percebe-se a oportunidade de investir em uma usina fotovoltaica que virou empreendimento com benefícios coletivos. “Essa é uma ideia criativa inspiradora aos nossos conselhos. Há muitas possibilidades, só precisamos refletir e definir como alcançar o objetivo traçado”, diz o diretor da Caciopar Elias Zydek, que é vice-presidente do Codemed.
O executivo Jaime Tezza informou que o Conselho é um braço da associação comercial. Atualmente, ele tem 53 membros ligados a 25 entidades e ao poder público municipal. “Nosso desafio é pensar além dos mandatos. Trabalhar, de forma articulada, para transformar Medianeira em um município próspero, inovador e sustentável”, destacou Jaime. O Codemed realiza diversas ações, como seminários, palestras e até feirões de emprego. “Nosso papel é também fazer conexão as mais diferentes forças organizadas locais”. Os principais eixos de atuação, segundo Jaime, são a educação e a tecnologia e inovação.
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