Reni entrega convite a Ratinho à posse da Caciopar em março
quarta, 12 de fevereiro de 2025
CACIOPAR
O presidente da Caciopar, Reni Fernande Felipe, entregou convite ao governador do Paraná, Ratinho Júnior, para a posse festiva dos novos diretores da Coordenadoria. A cerimônia será realizada na noite de 7 de março, a partir das 19h30, no salão social do Tuiuti Esporte Clube, em Cascavel.
Reni conversou com Ratinho nesta quarta-feira, 12, durante visita do governador ao Show Rural Coopavel. “Queremos muito a presença do Ratinho no nosso evento, que é uma celebração do associativismo empresarial do Paraná. A Caciopar, ao representar 45 associações comerciais do Oeste, é a maior Coordenadoria do Estado e dá importante contribuição ao desenvolvimento estadual”, conforme Reni.
Invasões
O encontro com Ratinho contou com a presença também da presidente da Aciag (Associação Comercial e Empresarial de Guaíra), Sabrina Aquino. Sabrina e Reni entregaram ao governador ofício em que relatam a situação de dificuldades enfrentadas por produtores rurais de Guaíra e Terra Roxa, que há anos convivem com invasões de terras por parte de indígenas, e pedem ajuda. O documento é assinado pelo POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Caciopar, Aciag e Aciatra, de Terra Roxa. O teor do oficio também foi encaminhado pela Caciopar aos Deputados Federais que representam o Oeste e a Causa e aos Senadores que representam o Paraná.
Crédito: Assessoria
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Ofício na íntegra:
Cascavel, 11 de fevereiro de 2025.
Ofício 09
Exmo. Sr. Carlos Massa Ratinho Junior - Governador do Estado do Paraná.
As invasões de áreas produtivas nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no Extremo-Oeste do Paraná, têm gerado um clima de crescente tensão entre agricultores e indígenas. O problema, que não é novo, voltou a se intensificar nos últimos dois anos, trazendo prejuízos econômicos, insegurança e violência para a região.
Recentemente, conflitos resultaram em feridos, agravando ainda mais a situação e evidenciando a necessidade de uma resposta urgente definitiva e baseada na legislação vigente. A Constituição Federal assegura o direito à propriedade. O Marco Temporal para demarcação de terras indígenas, por sua vez, determina que somente áreas ocupadas por povos originários antes de 1988 podem ser reivindicadas. Estudos comprovam que não havia a presença de indígenas em terras hoje ocupadas ilegalmente, em Guaíra e Terra Roxa.
Outro fator que agrava a crise é a participação de estrangeiros nas invasões. Parte significativa dos ocupantes é, segundo líderes e moradores da região afetada, formada por paraguaios que, amparados por brasileiros interessados no conflito, atravessam a fronteira e se instalam ilegalmente em propriedades produtivas da região. Esse fluxo migratório tem sido impulsionado pela postura do atual presidente do Paraguai, Santiago Peña, que defende e garante o direito à propriedade em seu país. Alguns se sentem, com isso, estimulados a buscar outras regiões para se estabelecer.
A insegurança gerada pelas invasões tem impactado diretamente a economia dos municípios citados. Dados apresentados pela Aciag (Associação Comercial e Empresarial de Guaíra) revelam que dez grandes empresas interessadas em investir na região desistiram de seus projetos devido ao conflito. Além disso, empreendimentos planejados, como de uma usina de energia solar, foram cancelados, e pecuaristas têm enfrentado dificuldades para comercializar seus rebanhos devido à citada crise fundiária.
Diante desse cenário, a Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), o POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), a Aciag e a Aciatra, associações comerciais e empresariais de Guaíra e de Terra Roxa, solicitam a Vossa Excelência que analise a situação com atenção e busque, junto aos seus pares do Congresso Nacional, uma solução urgente e definitiva para o conflito, especialmente mediante o expresso apoio à Proposta de Emenda à Constituição - PEC 48/2023 que tramita de forma lenta no Senado Federal, empreendendo esforços para a célere tramitação e aprovação dessa proposta que colocará um fim às disputas entre os Poderes constituídos acerca do assunto e trará a tão almejada segurança jurídica às partes envolvidas. A violência e a instabilidade não beneficiam nenhum dos lados, muito pelo contrário. É imprescindível que a legislação (Constituição e Marco Temporal) seja respeitada e que medidas eficazes sejam tomadas para garantir a ordem e a segurança na região.
As entidades representativas que assinam esse documento reafirmam o compromisso com o diálogo e esperam contar com o apoio do Congresso Nacional, de órgãos públicos e da Justiça para garantir que o direito à propriedade seja resguardado, permitindo que Guaíra e Terra Roxa possam retomar o seu desenvolvimento econômico e social de forma pacífica, produtiva e segura.
Atenciosamente,
Reni Fernande Felipe
Presidente da Caciopar
Alci Rotta Junior
Presidente do POD
Sabrina Leandra de Souza Aquino
Presidente da Aciag – Guaíra
Ana Maria Bergamo
Presidente da Aciatra – Terra Roxa
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