Serviço público é o elo da comunidade com o Estado
quarta, 29 de junho de 2022
CACIOPAR
Ao apresentar o Instituto Pessoas Melhores, seus princípios e atuação, o sociólogo, professor e secretário-executivo Amir Kanitz fez com que empresários de toda a região refletissem com mais propriedade sobre o Estado e a sua importância para os cidadãos. O Instituto, que funciona em Toledo, conta com o envolvimento de pessoas dos mais diferentes setores engajados no desafio de pensar e disponibilizar ferramentas que contribuam com o aprimoramento das práticas públicas. O assunto foi tratado no último sábado, em Jesuítas, durante reunião empresarial da Caciopar.
O serviço público, na grande maioria das vezes tão criticado, é o elo da comunidade com o Estado. E todos podem participar de ações que venham a melhorar esses serviços, porque o cidadão, por meio dos tributos, é quem sustenta as estruturas públicas e pode orientar como deseja que eles sejam. Amir reconheceu que há como melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços que o Estado oferece, entretanto lembrou que essa não é uma condição limitante exclusiva do setor público. Ele empregou o exemplo da produtividade brasileira para justificar o argumento.
“A produtividade que temos hoje nas empresas é a mesma de 30 anos atrás. Um trabalhador brasileiro demora uma hora para fazer o que um norte-americano, na mesma função, consome apenas 15 minutos”, destacou o professor. Ou seja, há problemas a enfrentar também nas empresas e nos mais diferentes segmentos que envolvem as pessoas e as suas relações com o coletivo. O Instituto Pessoas Melhores aprofunda as mais diferentes questões com a finalidade de superar as soluções centradas em personalidades e em processos intuitivos. Busca-se caminhos para aperfeiçoar processos e internalizar práticas.
Amir destacou que são necessários pelo menos 30 anos para mudar uma cultura que pense institucionalmente e a longo prazo, capacitando pessoas para agendas para os mais variados problemas públicos locais. Os pilares do Instituto são: gestão pública qualificada, políticas eficientes e sociedade funcional. O professor apontou para um limitador que traz inúmeras consequências: o longo prazo é menos atraente, porque as oportunidades preferidas são as de agora. “É fundamental usufruir dos direitos para usufruir dos direitos”, destacou ele, dizendo que os deveres também podem ser entendidos como direitos.
O amadurecimento político e comunitário das pessoas tem, entre outros desafios, que vencer a dificuldade de alinhamentos com interesses mais amplos e compromissos duradouros. “É preciso ter racionalidade para superar radicalismos, paixões e sensações. Agindo assim, é mais produtivo contribuir para a construção de instituições melhores”. É preciso coragem para romper o status quo, combater as práticas ruins e acumular forças para uma nova estabilidade positiva, focando sempre no que é melhor para a comunidade.
O Instituto Pessoas Melhores não tem por ambição ensinar e sim inspirar para que mais pessoas tenham capacidade de agir no consenso, com o aprimoramento da transparência, da participação e da prestação de contas do setor público. “Atuamos de forma sistemática, profissional e continuada, oferecendo um repertório de formações e projetos que inspiram e modelam agendas públicas locais, aperfeiçoando processos e internalizando práticas mais eficientes”, reforça Amir Kanitz.
Crédito: Assessoria
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