Desde o início de dezembro, a Associação Comercial e Industrial de Cascavel emprega papel ecológico em todos os seus impressos. A medida é mais uma que se soma à gradativa mudança cultural que a entidade emprega para se integrar totalmente aos conceitos do preservacionismo sustentável. Desde abril de 2010, a Acic adota mecanismos de uso racional dos mais diversos recursos, como energia, água e material de expediente. A decisão rendeu à entidade uma conquista histórica: em 18 de novembro se transformou na primeira associação comercial do Brasil a conquistar a certificação ISO 14.001, entregue pela BSI.
O uso do papel ecológico traz inúmeras vantagens, informa o presidente da Acic, Marcos Roberto Teixeira. Ele é feito predominantemente com bagaço de cana-de-açúcar e exige um percentual mínimo de celulose em sua composição. Com isso, a produção desse tipo de papel exige a derrubada de menos árvores para fornecer matéria-prima à indústria. A resma empregada é importada da Argentina e o preço é inferior ao da convencional. Há no Brasil empresas que produzem esse tipo de produto, entretanto Cascavel até agora não conta com distribuidores locais e o frete para atender a um único cliente encareceria demais o custo final do papel.
Todos os impressos da Acic já usam o papel ecológico. São dois tipos, o branco e o reciclável. O branco é utilizado em cópias de ofícios e outros documentos e é tão eficiente quanto o convencional. E é melhor que o reciclável, produzido com papel reaproveitável e com bagaço de cana-de-açúcar. O reciclável é usado na impressão de relatórios, pauta e outros. "Com mais esse gesto, a associação comercial incentiva empresas associadas a seguir na mesma direção. Também contribui para estimular mudança de hábitos entre diretores e colaboradores de empresas, criando uma cadeia virtuosa", conforme o vice-presidente da Acic, Leopoldo Nestor Furlan.
Outra vantagem do papel branco ecológico é que, no processo de industrialização, não são utilizadas grandes quantidades de cloro no branqueamento das folhas. O resultado é menor impacto ambiental na fabricação do produto. A aceitação entre diretores e colaboradores da Acic surpreende. Alguns já pensam em levar a ideia para casa, observa a auditora líder e assistente para Assuntos de Diretoria da Acic, Isabela Carneiro. Inúmeras outras medidas de racionamento já estão em vigor na entidade, como luzes e descargas por sensores nos banheiros, recipientes próprios para cada tipo de lixo, substituição de antigos monitores por outros mais eficientes e recolhimento para correto destino de pilhas e baterias.
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