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Caciopar e POD rejeitam aumento de tributos para compensar ajustes no IR

segunda, 06 de outubro de 2025

CACIOPAR

A Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná) e o POD (Programa Oeste em Desenvolvimento) manifestam-se contrariamente à proposta do governo federal de compensar a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas que recebem até R$ 5 mil mensais com a criação de novas alíquotas sobre o setor produtivo, que podem chegar a até 10% para empresas com faturamento acima de R$ 50 mil por mês.
Reconhecemos a importância de aliviar a carga tributária de quem ganha menos, mas é inadmissível que tal benefício seja financiado à custa do aumento de impostos sobre quem já suporta uma das cargas mais pesadas e injustas do planeta. Essa medida fragiliza ainda mais o setor empresarial, justamente aquele que gera empregos, sustenta a arrecadação e movimenta a economia.

O caminho correto não é ampliar tributos, mas sim enfrentar o real problema do Brasil: o gasto público excessivo e ineficiente. O Estado brasileiro precisa reduzir despesas, tornar a máquina mais enxuta e equilibrar as contas de forma responsável. Ainda mais grave é que o governo não faz esforço para cortar seus próprios custos, preferindo cobrar mais dos mesmos setores que já são penalizados, inclusive com tributos incidentes sobre despesas, como ocorre com o INSS sobre a folha antes mesmo de se apurar lucros. Deve também criar e melhorar a infraestrutura, liberar mais recursos para investimentos e estimular a produção. A falta de compromisso em conter gastos correntes, por sua vez, tem consequências graves, como retração da atividade produtiva, elevação do Custo Brasil, desestímulo ao consumo e perda de competitividade internacional. Aumentar impostos, e de forma tão sucessiva como tem ocorrido, é um retrocesso econômico e social.

Quando o governo opta por transferir o peso de benefícios sociais para os empreendedores, cria um ambiente hostil à produção e mina a confiança necessária para novos investimentos. O resultado já pode ser observado: fuga de capitais e deslocamento de empresas para países vizinhos, como o Paraguai, onde a carga tributária é significativamente menor, as regras são nítidas e estáveis, e o empreendedorismo é incentivado. Essa proposta ainda impacta diretamente o produtor rural, que hoje já contribui com alíquota efetiva de 5,5% sobre a receita bruta e teria de complementar mais 4,5%, o que significa um aumento expressivo de tributação para o setor.

O futuro do Brasil exige escolhas sensatas. Precisamos de políticas que estimulem quem investe, produz e gera riquezas, e não de medidas que dificultem ainda mais o ato de empreender. Por isso, apelamos aos parlamentares que coloquem o país acima de interesses imediatos e pensem no legado que será deixado às próximas gerações.
Se insistirmos nesse caminho, entregaremos ao futuro um Brasil com sérios problemas estruturais, desmotivado a empreender e incapaz de gerar a prosperidade que nossa população merece. É hora de coragem, responsabilidade e visão de longo prazo. É hora de pensar no Brasil, nos empreendedores e no futuro de todos nós.
 

Fonte: caciopar.org.br

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